sábado, 23 de julho de 2011

DITADURA MILITAR: PREFEITO DE MARTINÓPOLIS-SP, WALDEMI CAETANO ( PSDB ) CRIA DECRETO PROIBINDO FUNCIONÁRIOS DE RECLAMAREM OS SALÁRIOS ATRASADOS DESDE OUTUBRO DE 2010!

O prefeito de Martinópolis, interior de São Paulo, Wademi Caetano (PSDB) proibiu os funcionários municipais de protestar contra o atraso nos salários. Desde outubro, eles não recebem os salários em dia.Sem salários e agora também sem liberdade de expressão. Com o decreto do prefeito de Martinópolis "fica proibido aos servidores públicos tratar de assuntos particulares de qualquer natureza, inclusive salariais, organização de manifestação, paralisação".
"Eu acredito que o funcionário tem razão e acho que as manifestações têm que acontecer, mas dentro da nossa cidade, dentro de uma proporção que não leva o nome na mídia igual levou regionalmente e até estadualmente, porque daí eu tenho que tomar atitudes que realmente não são boas para o próprio funcionalismo", explica o prefeito de Martinópolis Waldemir Caetano de Souza.
O advogado trabalhista contesta a legalidade do decreto. "Não pode haver conduta nesse sentido. É um excesso. E atenta contra o direito de liberdade de manifestação", diz o advogado trabalhista Evandro Ferrari.
Essa não foi a primeira medida polêmica tomada pela prefeitura. Sem dinheiro para pagar todos os funcionários, foi adotado o critério de ordem alfabética, só que invertida. Começando pela letra "z".
Um dos primeiros a receber foi o próprio prefeito que tem o nome iniciado com a letra “w”. Waldemir Caetano tem o maior salário da Prefeitura, mais de R$ 11 mil.
"O fato de que pagou do ‘z’ ao ‘m’ foi simplesmente o que saiu no sorteio. Não teve participação do prefeito”, fala a diretora de Administração da Prefeitura Margarete Tomazini Hermsdorff.
"Pelo recebimento de salário e remuneração, o empregado mantém seu lar, mantém sua família. É uma contraprestação contratualmente pelo trabalho exercido pelo empregado ou pelo funcionário. Então, há ilegalidade", explica o advogado sobre a ordem alfabética.
Enquanto isso, quem tem o nome entre as letras do começo do alfabeto, continua sem receber. "Eu tenho fatura que já venceu já. E acontece o seguinte: eu tenho que receber, ele achando ruim ou achando bom, ele tem que me pagar”, diz o motorista Antônio Estevam da Silva.

DESDE OS TEMPOS DE F. H. C...

O Ministério dos Transportes enfrentou situações semelhantes de suspeitas de superfaturamento, desvios e má utilização de verbas públicas sem explicações plausíveis ao longo dos últimos 12 anos. Elas começaram a surgir no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso até chegar às denúncias veiculadas no início de julho, que provocaram a demissão, até o momento, de 15 servidores, incluindo o ministro Alfredo Nascimento.

Durante o governo Fernando Henrique, estouraram os primeiros escândalos no setor, nos tempos em que o atual Dnit ainda se chamava DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem). Ao longo do segundo mandato de FHC, o Ministério dos Transportes, ocupado pelo ex-deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), foi envolvido no chamado “escândalo dos precatórios do DNER”. Integrantes do atual DEM, ex-PFL, propuseram a criação de uma CPI, que acabou não acontecendo.

No início do governo Lula, novo escândalo com a pasta, desta vez envolvendo o atual prefeito de Uberaba, Anderson Adauto. Na época filiado ao PL — partido que deu origem ao PR — Adauto foi apontado como suspeito de criar aditivos fictícios para obras em rodovias que, posteriormente, seriam repassados para os cofres do partido. Adauto também foi denunciado por caixa 2 no processo do mensalão, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Dilma já exonerou 15 pessoas em 19 dias de crise e não há sinais de que a degola vai parar. Para representantes do setor privado, os sinais emitidos pelo Planalto são positivos. “O setor privado apoia a presidente e ela tem demonstrado que não contemporiza com esse tipo de irregularidade”, disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. Mas lembra que o governo precisa dar sinais claros do que pretende com essas mudanças. A indústria, por exemplo, aguarda há seis meses um projeto consistente para o setor empresarial.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), não vê diferenças consistentes no estilo da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Ele reconhece que a atual mandatária é mais técnica e gerencial que política — o que difere de Lula — mas não acha que isso signifique mais ou menos contemporização com a corrupção. “Lula também demitiu companheiros quando se comprovaram irregularidades”, disse. Vaccarezza também poupou Fernando Henrique Cardoso de críticas. “Não creio que FHC tenha sido conveniente com desmandos. Todos enfrentam problemas éticos”, completou.Informações do Correio

No governo FHC

Os ralos do DNER


O DNER foi o principal foco de corrupção no governo de FHC. Seu último avanço em matéria de tecnologia da propina atende pelo nome de precatórios. A manobra consiste em furar a fila para o pagamento desses títulos. Estima-se que os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor dos precatórios para a quadrilha que comandava o esquema. O órgão acabou sendo extinto pelo governo e criado o